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Anchorage Digital torna-se num dos parceiros do Nasdaq Crypto Index

por The Next Big Idea | 4 de Abril, 2022

O primeiro banco de ativos digitais a receber apoio federal nos Estados Unidos passou a integrar o grupo de “custodians” do Nasdaq Crypto Index.

O Anchorage Digital anunciou que é o novo ‘core custodian’ do Nasdaq Crypto Index (NCI, na sigla original). Segundo o comunicado, a parceria acontece devido à capacidade em gerir muitos milhões de dólares em ativos digitais e pelo facto de a sua plataforma permitir a negociação com alguns dos SLA (Service Level Agreement) mais rápidos da indústria.

Na prática, isto é mais um passo num dos desejos da fintech expressados quando no final do ano passado captou um investimento de 350 milhões de dólares: o de expandir o acesso institucional regulado aos ativos digitais.

“O que isso significa é que vamos ser um parceiro que vai dar apoio às instituições que queiram seguir o índice. A razão pela qual isto é muito importante é porque marca a primeira vez que o NCI terá apoio de um banco federal que pode servir ‘custody’ para cripto”, salientou o presidente e co-fundador Diogo Mónica ao segmento “Trade Talks” da Nasdaq.

NCI ou Nasdaq Crypto Index – O que é?

Embora os ativos digitais estejam cada vez mais na ordem do dia, as nuances e a sua complexidade apresentam desafios aos investidores comuns e mais habituados aos setores tradicionais. Tendo isto em conta, mas querendo acompanhar a velocidade frenética de uma sociedade cada vez digitalizada, o Nasdaq (índice bolsista de Wall Street ligado ao setor tecnológico) lançou em fevereiro de 2021 o Nasdaq Crypto Index (NCI).

O NCI foi concebido para ser o índice referência (benchmark) que simplifica o acesso e monitorização destes bens. Ou seja, a sua variação será um indicador da saúde da indústria das criptomoedas, da mesma forma que o índice Dow Jones, mais generalista, é um indicador do estado da economia americana. Por isso, para ser útil, o índice rege-se por três princípios – adaptabilidade, representatividade e valorização – que são posteriormente postos em prática com a ajuda de dois parceiros que determinam a elegibilidade e legitimidade dos ativos: os “Core Exchanges” e os “Core Custodions”. Os primeiros “filtram” e permitem a transação destes ativos, os segundos fornecem graus de investimento (investment grade) e garantem a segurança das transações dos constituintes do Índice. 

Ao segmento “Trade Talks”, o presidente da Anchorage salienta, contudo, que a sua empresa traz algo que faltava ao NCI: oferece credibilidade aos olhos dos investidores porque é uma entidade regulada e certificada pela OCC [Office of the Comptroller of the Currency, agência que regula a atividade bancária nos Estados Unidos]. 

“É um passo importante porque as instituições querem ser reguladas porque operam num ambiente regulado noutras áreas e o cripto não é diferente”, explica ainda Diogo Mónica, acrescentando que a Anchorage Digital traz confiança ao mercado dos ativos digitais porque os investidores vão conseguir olhar para um índice e perceber o que está certo ou errado com a mesma “transparência” e “confiança” que o fazem nos mercados tradicionais.

De acordo com o site da NCI, existem cinco “core custodians”: BitGo, Coinbase, Fidelity e Gemini. aos quais se junta agora a Anchorage Digital. 

Sobre o Anchorage Digital 

O Anchorage Digital Bank é o primeiro banco de criptomoedas aprovado a nível federal nos EUA e foi co-fundado pelo luso-americano Diogo Mónica.