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Porque é que a Web3 ainda não produziu um videojogo de renome?

por Miguel Magalhães (Texto) | 3 de Fevereiro, 2023

No episódio mais recente da DeNites TV, videocast sobre Web3 produzido pela MadreMedia, o gaming foi o tema principal. Com a presença de Joana Barros da Exceedme e de Gonçalo Banha da Volt Games, além de videojogos, também houve espaço para debater modelos de negócio e como é que o FIFA podia funcionar na Web3.

No século XXI, o gaming tornou-se na principal indústria do entretenimento, com receitas anuais superiores ao do cinema e da música… em conjunto. Das consolas e computadores evolui para o mobile com os smartphones e, agora, a questão que se coloca não é se a Web3 e a blockchain vão fazer parte da indústria, mas quando.

Joana Barros, CCO da Exceedme, uma plataforma web3 para competições de videojogos, afirma que o que falta para a web3 e o gaming passarem a ser “unos” é um jogo que, de facto, as pessoas tenham vontade de jogar, seja numa consola, seja no caminho para o trabalho, quando estão num qualquer transporte público. 

Gonçalo Banha, COO da Volt Games, um estúdio de videojogos português, acredita que um dos entraves é a ainda complicada introdução que qualquer gamer tem a um jogo construído numa blockchain. É preciso uma carteira digital, são precisos tokens específicos de uma determinada plataforma, é preciso comprar um NFT de uma personagem para poder jogar, entre outros fatores, que tornam um jogo web3 menos apelativo que um vulgar Candy Crush que se pode começar a jogar com apenas dois ou três cliques.

A solução passa por trabalhar em modelos de jogo e de negócio que possam ter uma ligação maior com a Web2 e que não representem uma experiência completamente diferente de gameplay. Para os jogadores, permite que estes possam rentabilizar no próprio jogo a sua performance seja em forma de NFTs que ganham, seja em prémios em tokens nativos. Para os publishers de videojogos, a web3 dá novas oportunidades de explorar propriedade intelectual e de criar canais de receita.

Foi por aqui que passou a conversa no episódio mais recente da DeNites TV, videocast produzido pela MadreMedia e pela DeNites, a maior comunidade web3 em Portugal, que contou com o apoio da WalliD.

Os episódios da DeNites TV são gravados em inglês