Pagar com cliques, impressões digitais ou piscar de olhos. Certo é que o comércio online não é só uma moda
Ao longo de toda a manhã esteve em discussão aquele que é para muitos um dos passos mais importantes quando se faz uma compra online. Já ouviu falar da expressão shopping card abandonment? Acontece quando estamos a navegar num site, procuramos efetuar uma compra online, seguimos os passos, mas acabamos por desistir de concluir a compra quando chegamos à etapa de pagamento.
Os motivos que levam os consumidores a carregar no X para fechar a janela podem ser vários: métodos complicados, confusos e pouco práticos, canais de pagamento limitados, desconfiança na fiabilidade das transações ou falta de orientações dadas ao consumidor. Depois de um primeiro dia do evento. a falar sobre como atrair clientes e criar lealdade, no segundo, as empresas SIBS e HiPay foram duas das responsáveis por desvendar o mistério que transforma windows shoppers em effective buyers (ou seja, tornar os clientes indecisos em compradores).
Se as referências multibanco eram, por excelência, a escolha dos consumidores portugueses na hora de pagar uma compra, a tendência tem mudado. O método de pagamento MBWay é agora o número um e promete continuar a ser o escolhido.
Cliques, impressões digitais e piscar de olhos prometem igualmente fazer parte de um futuro que vai simplificar o online, ajudar os consumidores e diminuir ao máximo os pagamentos com suporte físico.
O online é uma etapa inevitável
No encerramento do E-Commerce Connect 2020 estiverem presentes os grandes players do mercado online, como é o caso da Google. A multinacional foi a protagonista de uma das principais talks do dia. Representada por Fernando Ranieri, os participantes do evento receberam orientações que permitem tirar partido do software online para aumentar as suas receitas, tendo em vista os negócios online.
Ainda na vertente de impulsionar a afirmação das empresas portuguesas no digital, Eduardo Henriques, Diretor Digital e de Comunicação da Agência para o Investimento e Comércio Externo em Portugal, apresentou o programa Exportar Online.
Com o objetivo de ajudar pequenas e médias empresas a triunfar no processo de internacionalização online, o Diretor Digital e de Comunicação da AICEP sublinhou ainda que, ainda que sejam mais pequenos, os operadores portuguesas não têm qualquer tipo de desvantagem em relação às grandes plataformas internacionais.
“O comércio online é uma alternativa inevitável, é mais uma ferramenta ao dispor das empresas para que se possam internacionalizar. As empresas portuguesas têm muita curiosidade, mas há trabalho que é preciso fazer, que tem a ver aquilo que são as características do online. O grande desafio é o marketing digital, a capitalização da loja online e o posicionamento nas grandes plataformas online.”
O programa Exportar Online vem procurar combater essa falha nas empresas portuguesas e a sua apresentação marcou o encerramento da 3ª edição do E-Commerce Connect.
Ao longo de dois dias, mais de 300 participantes estiveram presentes no evento que procurou partilhar experiências e criar conexões empresariais. Pelas talks passaram grandes players nacionais e internacionais de várias áreas como a Google, DPD, zendesk, SIBS e Pepe Jeans.