Estas são as 10 cidades com maior “work-life balance”
por The Next Big Idea | 30 de Maio, 2022
Na lista estão 8 cidades europeias, uma canadiana e uma australiana. Lisboa é a única cidade portuguesa no ranking, ocupando o lugar 51.
A análise foi desenvolvida pela empresa de software Kisi, que baseou a sua classificação em fatores como a segurança, os cuidados de saúde, o número de empregos remotos disponíveis e o número de dias de licença parental remunerada. Ao todo foram consideradas 100 cidades, numa avaliação que incluiu também a disponibilidade de espaços exteriores, a qualidade do ar e a inflação.
Com base nestas métricas, eis as 10 melhores cidades para quem quer equilibrar a vida pessoal e profissional:
- 1) Oslo, Noruega
- 2) Berna, Suíça
- 3) Helsínquia, Finlândia
- 4) Zurique, Suíça
- 5) Copenhaga, Dinamarca
- 6) Genebra, Suíça
- 7) Ontário, Canadá
- 8)Sydney, Austrália
- 9) Estugarda, Alemanha
- 10) Munique, Alemanha
Oslo, a capital da Noruega e a cidade mais populosa, está localizada no sudeste do país. Tem uma enorme indústria marítima e é também o lar de empresas nos setores das ciências da vida, TI, energia e tecnologia ambiental.
De acordo com os dados de Kisi, os trabalhadores em Oslo tiram em média 25 dias de férias por ano e obtêm 707 dias de licença parental remunerada. A cidade também obteve uma pontuação elevada pelo trabalho à distância, qualidade e disponibilidade dos cuidados de saúde, e qualidade do ar.
A Alemanha conta com quase um terço das cidades da lista.
No sul da Europa destacam-se Madrid no 42º lugar, Barcelona em 50º e Lisboa em 51º, sendo que cidade mais populares, como Londres e Paris, se encontram em 27º e 28º lugar, respetivamente.
Do outro lado do Atlântico, depois de Seattle (32º), as cidades dos EUA com classificação mais alta são Portland, Minneapolis, e Salt Lake City.
A pandemia provocou uma enorme mudança na vida laboral: mais pessoas estão a trabalhar a partir de casa, uma tendência que veio para ficar, mesmo quando os trabalhadores se tornam menos receosos com a COVID-19.
Com o aumento do trabalho à distância, várias pessoas aproveitaram a oportunidade para se deslocalizarem. Os centros das cidades, de uma forma geral, viram as suas populações diminuir à medida que as pessoas se mudavam para zonas suburbanas, com uma liberdade de circulação maior e menos “confusão”.
Olhando para Lisboa
Nos critérios analisados pela Kisi, destaca-se:
- “Overworked population”, com Lisboa a estar no top-10 de cidades onde existe uma maior percentagem de população a trabalhar mais de 48 horas por semana.
- O número de férias acima da média, estando Lisboa no top-15 de cidades onde trabalhadores gozam de mais dias para descansar.
- Falta de apoios à pandemia de Covid-19, com Lisboa a estar no top-5 de cidades onde se registaram menos ajudas financeiras.
- Lisboa está no top-15 de cidades onde há uma maior tolerância e respeito pela diversidade.
- Em termos de capacidade de habitação, Lisboa está no top-10 de piores cidades incluídas no estudo para se viver.
- Em termos de felicidade, Lisboa também se encontra no grupo de cidades onde o nível é mais baixo.
Como é que o estudo foi feito
O estudo foi dividido em três categorias: Intensidade de Trabalho, Sociedade e Instituições, e Viver na Cidade.
- Intensidade de trabalho: Empregos remotos (%), População com excesso de trabalho (%), Férias mínimas oferecidas (Dias), Férias tiradas (Dias), Desemprego (Pontuação), Múltiplos titulares de emprego (%), Inflação (%), Licença parental remunerada (Dias).
- Sociedade e Instituições: Impacto da Covid (Pontuação), Apoio à Covid (Pontuação), Saúde (Pontuação), Acesso aos Cuidados de Saúde Mental (Pontuação), Inclusividade e Tolerância (Pontuação).
- Viver na cidade: Acessibilidade (Pontuação), Felicidade, Cultura e Lazer (Pontuação), Segurança da Cidade (Pontuação), Espaços Exteriores (Pontuação), Qualidade do Ar (Pontuação), Bem-estar e Boa Forma (Pontuação).
Vê a lista completa da Kisi aqui