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Bard: Google lança (para alguns) o seu ChatGPT

por The Next Big Idea | 22 de Março, 2023

A Google lançou esta semana o rival do ChatGPT. No entanto, para já, a ferramenta só está disponível para alguns utilizadores nos Estados Unidos e no Reino Unido.

Depois de uma apresentação pouco auspiciosa em fevereiro, eis que a Google anunciou esta terça-feira que abriu ao público o acesso ao Bard, a sua resposta direta ao agora famosíssimo ChatGPT da OpenAI.

Este lançamento é um marco importante, pois como frisa e lembra a Axios, as empresas estão numa corrida para incorporar inteligência artificial nos seus produtos. E este tipo de statement acontece por duas razões: 1) mostrar liderança; 2) recolher o feedback necessário para melhorar rapidamente os referidos produtos, que são propensos a inventar factos.

Todavia, quem estiver em Portugal e tentar entrar no site da ferramenta para conhecer este “colaborador criativo e útil”, construído para “sobrecarregar a sua imaginação, aumentar a sua produtividade e dar vida às suas ideias”, vai deparar-se com a mensagem “o Bard não tem atualmente suporte no seu país”.

Um cenário que deverá mudar, visto que a Google vai abrir a ferramenta ao público por fases, pelo que é expectável que existam novidades neste capítulo num futuro próximo.

Mas o que é o Bard?

Na sua essência, é uma ferramenta (chatbot) similar ao ChatGPT, que permite aos utilizadores escrever um texto e receber respostas às suas questões numa miríade de tópicos. Contudo, tal como é salientado no blog/FAQ oficial, apesar de divertido e capaz de ter comportamento lúdico, é experimental. Ou seja, algumas das respostas podem ser imprecisas, por isso é necessário verificar noutras fontes se a informação contida nas respostas é ou não válida enquanto facto.

O Bard é alimentado por uma versão mais pequena e otimizada do LaMDA — um chatbot de inteligência artificial extremamente avançado que tem a capacidade de ter conversas fluidas, uma vez que tem por base uma rede neural artificial, ou seja, um tipo de arquitetura à imagem do cérebro humano. (Lembra-se de no passado um engenheiro ter dado uma entrevista a dizer que um sistema de IA do Google ganhou consciência? É esse que alimenta o Bard). E tal como aconteceu recentemente com o sistema que alimenta o ChatGPT, será atualizado com modelos mais recentes (e mais capazes) ao longo do tempo.

Segundo a Axios, que cita a Google, o Bard não vai dar apenas uma e só resposta: em muitos casos vai dar três (ou “esboços” de resposta) a cada solicitação. A par, na sequência da dita resposta, vai estar um botão para “Googlar”, disponível para todos aqueles que queiram aprofundar o que lhes foi dito através do motor de busca.