Backoffice da Web3. Ideias que estão a desenhar a nova internet
por The Next Big Idea | 14 de Julho, 2022
Da gestão de talento à inovação e aos eventos. Na conferência “Web3: The New Creator Economy”, realizada no Festival Elétrico, ficámos a conhecer alguns dos projetos que querem a dar cartas na Web3.
#LinkedIn meets Patreon
Uma espécie de “LinkedIn meets Patreon”. É como Filipe Macedo, CMO e fundador da Talent Protocol, apresenta a startup que nasceu há um ano e 3 meses. “Numa analogia muito rápida, é um LinkedIn Web3 com uma funcionalidade de podermos investir numa pessoa através de um token que permite investir na carreira”, explica.
“Pode parecer distópico, mas não é”, continua. “Cada pessoa é dona do seu perfil e da informação referente à sua carreira. A adoção é de pessoas que não têm aversão ao risco e têm vontade de experimentar coisas novas”.
O desafio: “Web3, cripto e blockchain deviam ser invisíveis porque também não preciso de saber de mecânica para pegar no meu carro. A principal dificuldade é a complexidade e o desconhecimento”.
A oportunidade do inverno das cripto: “Conseguir separar o trigo do joio. Quem estava só pelo dinheiro rápido vai sair, sobrevivem os projetos que têm uma visão de longo prazo e que têm real utilidade”.
# um marketplace de inovação
“Um marketplace de inovação para empresas lançarem desafios de inovação e hackatons”. Hélder Vasconcelos, fundador e CTO da Taikai, começa por aqui.
“Temos uma microeconomia baseada num token. Essa microeconomia diferencia-se de outros hubs de inovação, porque tem incentivos extras além dos económicos, como nas competições. É uma economia para developers que permite receber recompensas”. Os algoritmos analisam a participação de todos os intervenientes na plataforma e são feitas integrações com mundo Web2 e Web3.
O desafio: “O principal desafio foi numa fase inicial. Temos dois tipos de utilizadores – o que conhecem e os que não conhecem os processos da Web3 (aos menos experientes fazemos a custódia)”.
A oportunidade do inverno das cripto: “Focar no desenvolvimento dos produtos, criar modelos mais sustentáveis de futuro e pensar que isto vai acontecer frequentemente e temos de ter modelos para mercados voláteis. A fase especulativa só distrai toda a gente”.
# bookmarks da vida de cada um
“Usamos NFTs numa forma diferente – a ideia é distribuir tokens que são badges com um visual e metadados que representam experiências de vida. Como se fossem bookmarks da vida de cada um”.
Thomas Muller trouxe ao Elétrico a POAP – nome de um protocolo de Web3 e também nome do token que a sua empresa distribui. “Não tem uma base de especulação – tem uma base social. As pessoas colocam nestes NFT valor pessoal emocional, pode ser um concerto dos Rolling Stones ou do Elétrico”, afirma.
O desafio: “É uma ferramenta para as marcas se envolverem com as comunidades. Quando adicionamos a dimensão de um NFT a estes badges podem ser guardados de uma forma segura e podem ser usadas como credenciais para aceder a um conteúdo”.
Oportunidade do inverno das cripto: “POAP é mais Web5 do que Web3. Esta é a oportunidade para tudo ser um pouco mais calmo e ter tempo para construir”.