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IST investe em mais investigação e mais startups com o Técnico Innovation Center

por The Next Big Idea | 19 de Outubro, 2023

O Técnico Innovation Center é o novo espaço dinamizado pelo Instituto Superior Técnico, que visa incentivar alunos a desenvolverem projetos de investigação e potenciais ideias de negócio com o apoio de empresas.

A ligação entre a academia e o tecido empresarial é há muito um tema discutido em Portugal. Olhando para mercados mais desenvolvidos como os EUA e o Reino Unido, desde os anos 80, que há uma tendência visível de o trabalho nas universidades ter fomentado muita da inovação que esteve na base dos grandes produtos tecnológicos dos nossos dias. Por cá, não tem sido essa a realidade e, em muito casos, é a academia e os programas curriculares do ensino superior que procuram adaptar-se às necessidades de conhecimento exigidas por uma nova fase no mercado de trabalho.

Neste contexto, o Instituto Superior Técnico tem sido uma das exceções e no século XXI tem sido um dos maiores contribuidores para o ecossistema de inovação português tanto na vertente de talento como no investimento em iniciativas de investigação científica. Por um lado, é desta instituição que saíram muitos dos fundadores das primeiras startups de sucesso e alguns dos cientistas portugueses mais consagrados. Por outro, é também no IST que há mais tempo encontramos iniciativas como concursos de empreendorismo ou um foco claro na produção de conhecimento científico relevante para o mundo, nas mais diferentes áreas.

O Técnico Innovation Center é uma nova etapa no legado da universidade. Com um financiamento de 4,6 milhões de euros do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), no âmbito do Programa Lisboa 2020, foi inaugurado esta quarta-feira (dia 18 de outubro). Este novo espaço irá alojar diversos tipos de atividade de Investigação e Inovação (I&I), numa ligação entre o Instituto Superior Técnico (IST) e o tecido empresarial, potenciando a colaboração mútua e a transferência de conhecimento e empreendedorismo.

A Região de Lisboa, no âmbito do Lisboa 2020, escolheu orientar os seus esforços para projetos que promovessem a investigação, o desenvolvimento tecnológico, a inovação e o aumento da competitividade das pequenas e médias empresas (PMEs), o ensino e a aprendizagem ao longo da vida, visando tornar Lisboa mais competitiva na economia global, mais inclusiva no acesso ao mercado de trabalho por parte dos jovens e mais sustentável na utilização de recursos.

“Infraestruturas tecnológicas como o Técnico Innovation Center são essenciais para colocar a Região de Lisboa, a única região de competitividade portuguesa em contexto europeu, na vanguarda da tecnologia e da inovação. Estes espaços foram um dos grandes focos do Lisboa 2020 – que investiu cerca de 92 milhões de euros em 20 infraestruturas tecnológicas – e continuará a ser uma das maiores apostas do Lisboa 2030”, considera Teresa Almeida, Presidente da Comissão Diretiva do Programa Regional Lisboa 2030, que sucedeu ao Programa Operacional Regional Lisboa 2020.

O novo edifício tem um espaço multiusos, com laboratórios e oficinas abertas, dedicados ao trabalho colaborativo, a atividades de pré-incubação de projetos em fase de prova de conceito e a eventos de pitch. O espaço poderá ainda acolher eventos tecnológicos, científicos, culturais e educativos, como workshops, seminários, feiras e exposições, aproximando a comunidade académica ao tecido empresarial e ao público em geral.

Existe ainda um espaço de co-work para o desenvolvimento de projetos colaborativos. Este espaço estará disponível 24 horas por dia, 365 dias por ano, para todos os alunos do ensino superior da cidade de Lisboa, independentemente da instituição de ensino que frequentem.

O Técnico Innovation Center conta ainda com um FabLab, dedicado à prototipagem rápida, apoiando diretamente as atividades de I&I. O mesmo tem também um espaço comercial para venda de materiais para serem utilizados no FabLab, juntamente com uma zona lounge e uma cafetaria.

Com este investimento, o objetivo do IST passa por aumentar a sua participação em projetos internacionais, desenvolver áreas de investigação de ponta e interdisciplinares, incrementar a formação avançada e aumentar a mobilidade internacional de investigadores.