Dar registo de identidade onde não há meios para o fazer. É a ideia vencedora do IN3+
O projeto IDINA – Identidade Digital Inclusiva Não Autoritativa foi o vencedor da 3ª edição do IN3+, prémio de inovação promovido pela Imprensa Nacional – Casa da Moeda (INCM) que atribui um milhão de euros para projetos de inovação colaborativa que visam beneficiar os cidadãos, as empresas e a economia.
Apresentado por João Marco Silva, do INESC TEC, e contando com a participação de elementos ligados à Universidade do Minho e UNU-EGOV, o IDINA pretende solucionar os problemas de identificação por falta de sistemas centrais que o façam. Esta é uma ferramenta que poderá ter grande utilidade em a zonas remotas de alguns países, que não têm as infraestruturas que permitam essa creditação dos seus cidadãos dando a autoridade necessária a instituições credíveis, como escolas, instituições de saúde, autoridades locais, etc., para atestar o nascimento e a vivência de cidadãos a partir de eventos como a vacinação ou ingresso no ensino. Em alguns países, esta plataforma poderá, posteriormente, integrar ou até assumir o papel de registo Autoritativo, cumprindo uma premissa das Nações Unidas: todo o cidadão possuir um cartão de identificação válido.
“Este projeto é exatamente aquilo que procuramos distinguir e implementar. Não só pela sua inovação a nível de sistema digital mas, mais do que tudo pela sua componente e aplicabilidade social. A identidade de uma pessoa é muito mais do que um documento com os dados pessoais – é o acesso à escolaridade obrigatória, a um sistema de saúde, à segurança social. Sem identidade um cidadão não existe para o Estado e o que este projeto vem trazer é essa possibilidade de acabar com essa desigualdade. O Prémio IN3+ tem a ambição de beneficiar os cidadãos, a população e os seus direitos fundamentais, a sociedade, a economia nacional e, até internacional, pela nossa capacidade exportadora”, afirmou na entrega do prémio Gonçalo Caseiro, Presidente do Conselho de Administração da INCM.
Em 2º lugar nesta edição ficou o AICeBlock – Artificial Intelligence Certification through the Blockchain – que propõe o desenvolvimento de uma plataforma, sustentada em blockchain, para fomentar a confiança em aplicações de base em Inteligência Artificial através da sua certificação. Com esta solução será possível interpretar, rastear e auditar as previsões dos modelos “inteligentes” usados em áreas como a condução autónoma ou diagnóstico por computador.
A Highlight, empresa que trabalha soluções de nanotecnologia, ficou em terceiro lugar com o projeto de uma tinta que permite manipular a luz, dando a possibilidade única de variação ótica visível ou invisível ao olho humano. De acordo com os criadores, este produto poderá ser muito útil ao mercado de anti-contrafação, por exemplo, para aplicar em todo o tipo de documentos e selos de segurança.
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