Rui Moreira e Vítor Magalhães ou como se derrubam dois estereótipos no mesmo fim de semana
Foram três dias de uma primeira edição do Festival Elétrico, no Porto, um evento que levou música e dança ao Parque da Pasteleira, um espaço privilegiado no coração da cidade.
E foi aqui que, durante dois dias, 21 e 22 de julho, tiveram lugar um conjunto de conversas sobre tecnologia, arquitectura, cultura, moda, sustentabilidade e urbanismo. Uma outra forma de pensar a cidade e de projetar o futuro na visão de um conjunto conversas sem filtro entre duplas mais ou menos prováveis.
#1 – Rui Moreira e Vítor Magalhães
Há quem diga que não há coincidências mesmo quando as coisas acontecem sem terem sido planeadas a régua e esquadro. Vítor Magalhães, um dos promotores do festival Elétrico, andou quatro anos a imaginar fazer no Porto um evento como outros que foi acompanhando pela Europa. Um evento que desmistificasse a ideia mais pesada da música eletrónica e que a trouxesse para um ambiente diurno e aberto a todos. a Câmara do Porto anda há algum tempo a trabalhar na recuperação para a cidade do parque da Pasteleira, um espaço verde desconhecido até de muitos portuenses e com uma imagem estereotipada pela negativa para outros.
A coincidência – ou não – juntou a vontade de fazer um festival de música eletrónica num espaço como o Parque da Pasteleira.
O presidente da Câmara do porto fechou a série de conversas que aqui tiveram lugar com uma ideia-chave: “toda a cidade tem de ser cidade” e aproveita também ele para contar como o atual ministro do Ambiente o desafiou um dia a vir conhecer um local que também ele desconhecia e onde agora planeia instalar o Museu da Cidade.
Ah, e já agora, não julguemos o nome Elétrico apenas pela aparência. Sim, é de música eletrónica. Mas, conta Vítor Magalhães, é sobretudo “pela energia do Porto, pelo elétrico enquanto transporte do passado, presente e futuro e pela energia deste parque – estranhamente desconhecido para a cidade”. Agora menos.
E porque o Porto é confortável – sejam bem vindos e ouçam uma conversa sobre o Porto, uma cidade sem roteiro pré definido mas com engodo.