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Pode um banco resolver os problemas das empresas portuguesas?

por Marta Amaral | 3 de Novembro, 2025

A nova temporada do The Next Big Idea, regressa com foco no Banco Português de Fomento (BPF) e na sua missão de acelerar o investimento nas empresas portuguesas.

Num país com pouco mais de 10 milhões de habitantes e cerca de 1,5 milhões de empresas (muitas delas de pequena dimensão), o desafio passa por garantir que o dinheiro chega a quem precisa, de forma mais simples e rápida.

“O meu trabalho é simplesmente organizar um banco para estar ao serviço das empresas e dos empresários”, afirma Gonçalo Regalado, presidente do BPF.

Com um passado ligado à banca e uma família de empresários, Gonçalo Regalado conhece bem as dificuldades do setor. “Quem não conhece o chão de fábrica, quem não conhece uma herdade, quem não conhece um hotel, quem não conhece uma empresa de software ou tecnologia ou digital, muito dificilmente conhecerá para quem está a servir”, sublinha.

“Os empresários não têm de esperar”

O presidente Banco Português de Fomento identifica a burocracia como um dos principais entraves. Para mudar este cenário, o novo papel do banco passa por disponibilizar instrumentos diversificados, garantias, linhas de crédito e fundos de risco em articulação com entidades europeias como o Banco Europeu de Investimento (BEI) e o Fundo Europeu de Investimento (FEI)

Com este novo modelo de apoio, as empresas passam a ter garantias pré-aprovadas, o que simplifica o processo e reduz o tempo de resposta.

“Hoje é possível nos investimentos com garantias e com crédito termos projetos aprovados em cerca de 20 dias. Hoje é possível nos projetos de investimento em capital termos projetos aprovados na casa dos 3 meses, quando no passado demorávamos 16, 18, 20 meses”, garante o responsável pelo banco soberano.

Desde o lançamento das novas medidas, o banco recebeu 7 mil milhões de euros em candidaturas e aprovou 4,8 mil milhões, dos quais 3,3 mil milhões já chegaram às contas das empresas.

“Nós não podemos ser exclusivamente um país de empregados e funcionários públicos. Temos que ser um país de empresários, de gestores, de gente que chega à economia e faz a diferença”, conclui o Presidente do Banco Português de Fomento.

Descobre mais sobre a forma como o banco público está a virar o jogo para ajudar empresários, no novo episódio disponível aqui