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Peloton chega a acordo para vender equipamento na Amazon

por The Next Big Idea | 25 de Agosto, 2022

A empresa de bicicletas estáticas que saltou para a ribalta com a pandemia quer alargar a sua rede de clientes.

A Peloton anunciou um acordo com a Amazon de modo a alargar a sua rede de clientes. Com esta ação, a empresa ligada ao mundo fitness espera voltar a agarrar os investidores e a sua confiança. 

É o primeiro acordo deste género que a empresa faz para vender os seus produtos fora do seu espaço de retalho próprio. Até esta quarta-feira, todos aqueles que estivessem interessados nos seus produtos só os podiam adquiri o seu website ou em lojas físicas da marca.

O Chief Commercial Officer (CCO) da Peloton, Kevin Cornils, confirmou, no entanto, que apesar de agora se celebrar este acordo, a empresa vai continuar em busca de novos parceiros de retalho para continuar a aumentar o seu alcance de venda. 

Segundo a CNBC, com este anúncio, a Peloton viu o valor das suas ações subir em bolsa cerca de 20%.

  • Na Amazon, vai ser possível adquirir a bicicleta estática original da marca por 1,445 dólares / 1,450.39 euros e um aparelho conhecido por “Peloton Guide” por 295 dólares / 296.10 euros (imagine-se uma webcam que nos filma e que divide o ecrã em dois, de modo a que possamos imitar corretamente os movimentos da instrutora/or do vídeo a passar na televisão);
  • No entanto, a bicicleta mais cara (Bike+) e a passadeira estática da marca ficam de fora do acordo e continuam a estar disponíveis apenas no site da empresa.

Kevin Cornils, o COO, indicou que há cerca de meio milhão de buscas mensais na Amazon para os produtos de Peloton. “No pós-Covid, o ambiente retalhista — online e nas lojas — continua a evoluir, e isso é algo que estamos a tentar compreender melhor para garantir que a Peloton do futuro seja calibrada adequadamente para isso”, disse à CNBC. “Desejamos que a compra de uma Peloton seja o mais fácil possível”, rematou.

Fundada em 2012, desde a sua origem, os clientes-alvo da Peloton eram um segmento com algum poder de compra, disposto a pagar 2 mil dólares pelas suas bicicletas inovadoras. Contudo, a pouco e pouco, a empresa foi evoluindo e passou a ter como missão tornar-se na “Netflix do Bem-Estar”.

Por outras palavras, além dos equipamentos, a partir de 2018, a empresa começou também a disponibilizar um serviço de streaming de workouts, cuidadosamente desenvolvidos por personal trainers e por uma vasta equipa de produção, que lhe permitiam chegar a um grupo mais vasto de consumidores. 

Durante a pandemia, a sua popularidade explodiu — só que depois veio o desconfinamento, o regresso à rotina dita normal e um infortúnio com uma série de televisão, levaram a demanda resfriou. As ações começaram a perder o seu valor, a confiança dos seus investidores a descer e as notícias no início do ano davam conta de um despedimento de 2,800 pessoas — “um choque”, como relatou um ex-funcionário.