Todos os anos trazem consigo novos desafios, novas soluções e novas oportunidades de negócio. E, na DIG-IN, estamos numa posição particularmente estratégica para perceber esta evolução.
O setor da restauração é um dos mais apaixonantes e com o qual a maioria dos consumidores se consegue relacionar. Comer não é apenas um mero ato orgânico de sobrevivência, mas um momento de descoberta, de experimentação, de socialização e que, em Portugal, tem o seu lugar perfeitamente glorificado nas suas práticas habituais.
Apesar do alucinante carrossel de mudança, restrições, inovações, que teve lugar desde a pandemia, o setor da restauração em Portugal mantém-se vibrante, diversificado e pautado pela excelência dos produtos e do serviço.
Porém, todos os anos trazem consigo novos desafios e com estes, novas soluções e oportunidades de negócio. Na DIG-IN estamos numa posição particularmente estratégica para perceber esta evolução e resumimos abaixo as três grandes tendências em relação aos quais o setor deverá estar atento para potenciar um ano que será pautado pela resiliência e consistência do serviço.
- Otimização através de ferramentas digitais
Apesar da incrível qualidade da restauração portuguesa, continuamos a ter um nível de digitalização relativamente baixo. Se por um lado a “pegada digital” tem aumentado ao longo dos anos, com os restaurantes listados nas plataformas e atividade regular nas redes sociais, continuamos a ter uma reduzida utilização de ferramentas digitais para otimização de serviços. Um bom exemplo desta realidade passa pela análise da adesão aos serviços de reserva onde, num total de mais de 55.000 restaurantes, menos de 5.000 disponibilizam esta solução para os seus clientes.
Um mercado altamente competitivo faz com que esta obtenção de insights e a capacitação para análise dos mesmos faça a diferença entre a existência de um restaurante ou o seu crescimento
As reservas online permitem uma redução do erro no processo de reserva, uma disponibilidade 24/7 para aceitar reservas e uma análise do comportamento da base de clientes. Outros exemplos passam pela automatização de stocks, criação de lojas online para entregas próprias e sistemas de pagamento e fidelização que não só atraem novos clientes como diminuem o esforço humano necessário num setor com crescente dificuldade no recrutamento. Além das soluções comerciais que disponibilizamos, existem cada vez mais ferramentas que tiram partida dos últimos desenvolvimentos de Inteligência Artificial (IA) para garantir esta otimização.
2. Análise de dados potenciada por IA
A paixão pela gastronomia, por servir um cliente e para proporcionar a melhor experiência, tem de, cada vez mais, recorrer a uma análise de dados e comportamento do consumidor: quem visita, com que recorrência, preferências, concorrentes e inclusivamente tendências gerais da restauração. Um mercado altamente competitivo faz com que esta obtenção de insights e a capacitação para análise dos mesmos faça a diferença entre a existência de um restaurante ou o seu crescimento.
Esta análise permite não só reter os clientes atuais, mas também comunicar para novas audiências e, inclusivamente, identificar as oportunidades de crescimento e de redução e otimização de custos. Uma excelente forma de utilizar este processo passa pela análise das opiniões dos consumidores nas diversas plataformas e extração destes insights e criação de medidas concretas para cada um.
3. Formação através de recursos interativos
Em qualquer negócio a formação dos colaboradores é um pilar para a consolidação e crescimento da operação. No caso da restauração, onde existe uma predominância de organização de tipo familiar aliada a uma elevada rotatividade de colaboradores, o tema da formação, da sua recorrência e da sua adaptação às tarefas on job, torna-se particularmente relevante. Sendo particularmente difícil criar conteúdos e momentos de aprendizagem estruturadores para os colaboradores da restauração, a criação de novos formatos, mais interativos e com recurso a meios audiovisuais mais adaptados ao tipo de consumo por gerações mais novas, que têm nos conteúdos em vídeo, adaptados para consumo em smartphone um dos maiores potenciadores da aprendizagem e atualização de informações. Estes conteúdos não devem substituir formações estruturadas e com maior detalhe, mas serão essenciais para a atualização de matérias-chave para o normal de um negócio de restauração, tal como se pôde constatar por um dos mais recentes vencedores do programa Food Tech From Start to Table, da Startup Lisboa, que, em 2023, coroou a startup Blend como vencedora da categoria tecnológica devido à sua capacidade inovadora de criar formações em vídeo para operadores de restauração.
Em conclusão, se 2024 traz consigo desafios que vão testar a resiliência de vários negócios, as oportunidades existentes no mercado permitirão um equilíbrio destes desafios, uma redução do risco e oportunidades de crescimento consolidado. Nós, na DIG-IN, estamos pronto/as para agarrar a estabilidade, de mãos dadas com a inovação.