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O Prémio Maria de Sousa distinguiu jovens investigadores portugueses com projetos na área das ciências da saúde

por Marta Amaral | 6 de Novembro, 2025

Já são conhecidos os cinco vencedores da 5.ª edição do Prémio Maria de Sousa, atribuído pela Ordem dos Médicos e pela Fundação Bial.

Criado em homenagem à imunologista e investigadora Maria de Sousa, o Prémio pretende distinguir e apoiar jovens investigadores portugueses, com idade igual ou inferior a 35 anos, em projetos na área das ciências da saúde. O Prémio representa um valor total de até 150 mil euros, a ser distribuído por um máximo de cinco projetos de investigação. Cada projeto selecionado pode receber até 30 mil euros.

  • Neuza Domingues, investigadora do MIA-Portugal – Multidisciplinary Institute of Ageing da Universidade de Coimbra, foi distinguida pelo projeto “Lisossomas nucleares: desvendar a comunicação entre lisossomas e o núcleo”, que incluirá um estágio na Universidade de Oxford, no Reino Unido.
  • O projeto de Bruna Meira, do Champalimaud Centre for the Unknown / Champalimaud Research and Clinical Centre / Neuropsychiatry Unit, intitulado “FOSI: Compreender os mecanismos de freezing da marcha usando a estimulação cerebral profunda”, vai estudar por que motivo algumas pessoas com doença de Parkinson, de repente, não conseguem dar um passo em frente mesmo quando querem andar – um fenómeno conhecido como freezing da marcha.
  • Diogo Reis Carneiro, investigador do Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (ICNAS) da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, com o projeto “CaInPark – Interocepção cardiovascular: dos fundamentos neuroanatómicos à disrupção na doença de Parkinson”, pretende estudar como a ligação entre o cérebro e os órgãos do corpo que sentimos a funcionar – designada interocepção – fica afetada na doença de Parkinson.
  • O projeto de Catarina Lopes, do Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto, intitulado “SNIFF: Compostos orgânicos voláteis em saliva para deteção não invasiva de cancro gástrico”, procura desenvolver um método simples e rápido para detetar precocemente o cancro do estômago, através da análise de pequenas moléculas libertadas pelo corpo, designadas por “compostos voláteis”.

Os trabalhos vencedores foram escolhidos por um Júri presidido pelo neurocientista Rui Costa, presidente e diretor executivo do Allen Institute, nos Estados Unidos, que estará presente na cerimónia de entrega.

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