Voltar | Investimento

Luso-americana Opnova levanta 3,75 milhões de dólares e sai do modo stealth

por Gabriel Lagoa | 23 de Setembro, 2024

A startup, com centro tecnológico em Portugal, quer reduzir o tempo que as empresas gastam em tarefas repetitivas de IT.

Com a missão de automatizar tarefas repetitivas em processos de IT, segurança e compliance, a luso-americana Opnova captou 3,75 milhões de dólares (cerca de 3,37 milhões de euros) numa ronda pré-seed coliderada pela Faber, ScaleX e Preface Ventures. A ronda marca também a saída da empresa do modo stealth e o seu lançamento oficial no mercado.

A startup, com três cofundadores portugueses, centro tecnológico em Portugal e sede na Califórnia, apresentou uma plataforma de IA agentic, criada para resolver problemas de automação em fluxos de trabalho complexos. O foco da Opnova é eliminar o que chama “retrabalho” – aquelas tarefas repetitivas que, embora essenciais, consomem muito tempo. 

Lê-se no comunicado enviado às redações que “as equipas de operações, cruciais para qualquer negócio, muitas vezes perdem eficiência devido a estas tarefas rotineiras. Um exemplo claro são os pedidos de acesso de funcionários, que podem representar até 25% das solicitações de gestão de serviços de IT. Quando tratados manualmente, estes pedidos podem resultar em milhares de horas perdidas por ano”.

Sinan Eren, CEO da Opnova, destaca que a empresa foi criada “para ajudar as equipas de TI, segurança e compliance, reduzindo significativamente a carga de trabalho manual das equipas, permitindo-lhes concentrar-se em iniciativas mais estratégicas”. A ideia é que a plataforma da empresa se encaixe facilmente nos sistemas já existentes, melhorando os processos e garantindo a segurança dos dados.

Outro aspeto da Opnova é a sua capacidade de ajuste e ênfase na colaboração humana. “O agente impulsionado por IA é configurável, assegurando que a automação permanece alinhada com a supervisão humana, particularmente em operações de alto risco onde a segurança, a privacidade e a proteção são primordiais”, garante a startup. 

Sobre a ronda de investimento, Carlos Silva, Partner da capital de risco Faber, afirma que a “capacidade [da Opnova] de integrar facilmente a IA em fluxos de trabalho operacionais complexos irá proporcionar um valor significativo às empresas. Estamos entusiasmados por apoiar a sua visão enquanto redefinem a forma como as empresas operam num mundo cada vez mais acelerado”.

Subscreva a nossa newsletter NEXT, onde todas as segundas-feiras pode ler as melhores histórias do mundo da inovação e das empresas em Portugal e lá fora.