Israelita Shield vai abrir Centro de Investigação e Desenvolvimento em Lisboa

A empresa israelita Shield, que desenvolveu uma plataforma que endereça a área de financial compliance, vai entrar no mercado português com a criação de um Centro de Investigação e Desenvolvimento em Lisboa, que irá funcionar como hub de inovação.

A tecnológica esclarece que, numa primeira fase, o Centro de I&D terá como “objetivo apostar em equipas de desenvolvimento”, mas “futuramente irá incluir também profissionais das áreas de arquitetura de soluções e cloud”.

Com escritórios espalhados por vários cantos do globo (São Francisco, Londres, Berlim, Banguecoque ou Jacarta), Nuno Hortênsio, Country Manager da Shield, explica que a qualidade do talento tecnológico e das universidades pesaram na hora de decisão.

“Escolhemos Portugal pela qualidade do talento tecnológico que existe. É um país com muito potencial, não só devido às boas universidades e aos bons profissionais, mas também devido ao seu próspero ecossistema tecnológico e empresarial, que já produziu unicórnios e startups no valor de milhares de milhões de dólares, e ao investimento internacional que está a atrair”, afirma Nuno Hortênsio, Country Manager da Shield, citado em comunicado.

Está a recrutar

A empresa está a recrutar e procura programadores e gestores de software especializados com experiência em Java, Angular, JavaScript, bem como outros profissionais de TI. Porém, tem em vista estabelecer protocolos com as universidades portuguesas para “oferecer oportunidades profissionais e de formação aos jovens”.

“Temos uma proposta muito atrativa. Trabalhamos com tecnologia de ponta em termos de inovação, oferecemos oportunidades de crescimento profissional extremamente interessantes e projetos desafiantes em todo o mundo. A empresa tem uma cultura muito forte em Israel que vai trazer para Portugal, baseada em princípios de work-life balance e progressão profissional de grande valor e muito justos”, realça Nuno Hortênsio.

Ofir Shabtai, Co-Fundador e CTO da Shield, complementa o desejo de recrutar talento com ADN português. “Estamos ansiosos por contratar o melhor talento que a Europa tem para oferecer, e acreditamos que muito desse talento reside atualmente em Portugal”.

O que faz a Shield?

Segundo o comunicado, a tecnologia da plataforma recorre à Inteligência Artificial e Processamento de Linguagem Natural para fazer vigilância e analisar dados para detetar eventuais fraudes, quebras de segurança ou até mesmo situações internas que comprometam as instituições. Na área de financial compliance, presta serviços como “surveillance, market abuse, trade reconstruction, record-keeping, 360 investigations”, entre outros.

“A plataforma da Shield liga-se a todas as fontes de dados e de comunicação, internas e externas, e monitoriza e regista todas as atividades, lançando alertas sempre que uma anomalia é detetada – manipulações de mercado, de preço, problemas regulamentares ou mesmo problemas internos como racismo, assédio e bullying”, completa o Country Manager. “Quando as empresas aplicam a nossa tecnologia de análise comportamental aos dados, os cenários de utilização são infindáveis. Nos próximos tempos continuaremos na esfera dos serviços financeiros, pelo grau de exigência que possuem e a que estão sujeitos, mas depois iremos endereçar todo o tipo de empresas”, finaliza Nuno Hortênsio.