Inteligência Artificial dá um empurrão aos resultados da Google no segundo trimestre
por Miguel Magalhães (Texto) | 24 de Julho, 2024
A Alphabet, empresa-mãe do Google e do YouTube, apresentou receitas de quase 85 milhões de dólares no trimestre terminado em junho.
Na semana passada, foi noticiado por vários meios internacionais que a Google se preparava para adquirir a empresa de cibersegurança Wiz por 23 mil milhões de dólares. Tratar-se-ia da maior aquisição de sempre da Big Tech, numa tentativa de dar mais robustez à sua infraestrutura cloud, em competição direta com a Amazon e a Microsoft.
No início desta, a Wiz revelou que ia recusar a proposta de compra e optar por preparar uma IPO para 2025. Foi um golpe nas ambições da Google, mas para o bem da empresa já tinha algumas boas notícias para dar por estes dias com a apresentação dos seus resultados para o segundo trimestre de 2024.
As receitas da empresa-mãe Alphabet ascenderam a quase 85 mil milhões de dólares, um valor acima das expectativas de Wall Street que representa um crescimento de 14% face ao mesmo período do ano anterior. Estes foram os principais destaques:
- As receitas do segmento de “Search” cresceram 14% para 48,5 mil milhões de dólares.
- As receitas do YouTube cresceram 13% para 8,6 mil milhões de dólares
- O Google Cloud ultrapassou os 10 mil milhões de dólares em receitas, com um crescimento de cerca de 29% face ao mesmo trimestre de 2023.
- Os lucros da Alphabet ascenderam a 24 mil milhões de dólares.
“A nossa boa performance neste trimestre é o resultado da nossa força no ‘Search’ e do momento que estamos a atravessar na Cloud”, afirma o CEO Sundar Pichai em comunicado. A Google, tal como a Microsoft e outros players da indústria, tem feito um investimento muito forte para se posicionar como a referênca em Inteligência Artificial e tornar-se o destino preferencial para qualquer empresa que queira desenvolver uma tecnologia ou aplicação neste setor.
“A nossa infrestrutura IA e soluções para IA generativa para clientes cloud já geraram milhares de milhões de dólares em receitas e estão a ser usadas por mais de 2 milhões de developers”, reforça Pichai.
Para colocar os resultados em perspetiva, é normal que esta seja a tendência para as principais empresas tecnológicas pois vivemos um período em que existe uma procura crescente por serviços IA e por soluções como as da Google, que com a sua cloud também pode dar uma série de garantias em termos de escala, flexibilidade e segurança. No entanto, o desafio para a tecnológica é quanto desta procura consegue direcionar para o seu lado face a rivais como a Microsoft e a Amazon, que têm mais quota de mercado no setor das cloud.
Nos últimos meses, a Google fez uma série de introduções de ferramentas de IA nos seus serviços “core” da pesquisa à IA generativa, com respostas mistas por parte dos utilizadores.
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