Inductiva fecha ronda de 2,25 milhões de euros
por The Next Big Idea | 18 de Dezembro, 2023
Startup portuguesa está a desenvolver uma plataforma computacional que ajuda Empresas e Laboratórios Científicos a simular, prever e otimizar processos físicos em vários domínios da ciência e da engenharia.
A Inductiva Research Labs, startup portuense que quer “democratizar o acesso a ferramentas de simulação”, anunciou que fechou uma ronda de investimento seed de 2,25 milhões de euros para ajudar engenheiros e cientistas a simular “All Things in Nature”.
A ronda foi liderada pela Iberis Capital, private equity e venture capital portuguesa, acompanhada por outros investidores, incluindo a VC portuguesa Shilling, e seis angel investors (Maria João Souto, João Penedones, Terry Huang, Ryan MacDonald, Ralf Herbrich e João Barros).
“Com esta ronda de investimento, estamos em condições de ir mais longe no processo de inovação, alargando a nossa oferta de funcionalidades computacionais para engenheiros e cientistas e expandindo a nossa base de clientes entre startups, laboratórios científicos e grandes empresas industriais”, afirma Luís Sarmento, CEO da Inductiva, citado em comunicado.
Na nota, é ainda referido que com o fecho bem-sucedido desta ronda, a startup, que faz parte do ecossistema de inovação ligado à Universidade do Porto, “está preparada para entrar na próxima fase de expansão, com o objetivo de ser a líder global no setor de IA e Simulação”.
Fundada em 2021, antes desta injeção de capital, a Inductiva Research Labs foi a empresa vencedora do Prémio Únicos, iniciativa do The Next Big Idea, em parceria com a Google e a Shilling.
A Inductiva é um centro de investigação que fornece uma API Python, fácil de usar e sem pré-configuração, para realizar simulações suportadas por ferramentas de código aberto, tanto localmente como na cloud. Luís Sarmento, um dos co-fundadores, por ocasião da entrega do prémio, ajudou a perceber o que é que a tecnologia faz em concreto.
“Permite a quem está a desenhar um novo objeto — uma ponte, uma molécula ou um paredão para proteger a costa do mar — simular milhões de situações ou soluções”, disse. “Atualmente isto faz-se explorando casos que já conhecemos, o que faz com que não consigamos fugir de soluções ‘chapa cinco’, perdendo muitas vezes a oportunidade de encontrar soluções melhores, mais resistentes ou mais baratas. Imaginemos o caso de um fármaco, em que há milhões de combinações possíveis de substâncias, aí queremos poder simular o maior número possível de possibilidades”, concluiu.
Antes, Luís Sarmento também já tinha passado pelo nosso Magazine televisivo para nos contar como é que Inductiva Research Labs – que conta ainda com o contributo do co-fundador Hugo Penedones e de Clara Gonçalves – pretende acabar com as barreiras técnicas inerentes às atuais ferramentas computacionais.