Pode parecer uma contradição, mas um deserto debaixo de água é uma das formas de ilustrar o que pode acontecer quando os recifes naturais deixam de existir. A solução para este problema pode passar pela reconstrução humana da fauna e flora e foi-nos explicada em primeira-mão pela BOTL (Blue Oasis Technology), um dos projetos vencedores do programa de Aceleração Blue Bio Value, que tem uma concessão para desenvolver em Portugal, na Comporta, o maior recife artificial do mundo.
Neste episódio falámos ainda com duas empresas que marcaram presença no Blue Bio Value: a francesa Scale e a italiana Relicta. A primeira faz uma espécie de cerâmica que não vem das rochas mas de um material chamado escalite, que provém exclusivamente escamas de peixe e que tem em Portugal e nas suas sardinhas um forte aliado de matéria-prima; a segunda, uma empresa de Sardenha que criou um material que se comporta com um plástico, embora com a nuance que se dissolve em água e que não deixa pegada no ambiente.