Elon Musk quer criar rival para o ChatGPT
por The Next Big Idea | 1 de Março, 2023
O patrão da Tesla e do dono Twitter quer um chatbot “menos woke”.
Elon Musk quer regressar à área da Inteligência Artificial (IA) e até já estará a conversações avançadas com engenheiros informáticos para desenvolver um ‘chatbot’ que faça concorrência direta com o ChatGPT.
A informação destes intentos está a ser avançada pelo site “The Information“, que, citando fontes próximas do processo, assegura que Musk pretende criar uma ferramenta “menos woke”. Na prática, isto significa que o dono do Twitter quer um ChatGPT que tenha menos restrições a nível de conteúdo quando confrontado pelos humanos com matéria polémica (nomeadamente relacionada com sexualidade ou política).
De acordo com o “The Information”, Musk já terá inclusive abordado o investigador e especialista Igor Babuschkin – que saiu recentemente da DeepMind, a unidade de IA da Google – para se juntar ao seu projeto, embora a Forbes esclareça que Babuschkin ainda não está oficialmente a bordo.
Recorde-se que Musk, além de ser um dos co-fundadores da OpenAI – a startup que criou o ChatGPT e da qual saiu em 2018 -, tem visado bastante a empresa depois de os utilizadores terem dado conta que as “guardrails” [regras de funcionamento] do ChatGPT foram atualizadas a 15 de fevereiro — essencialmente para que o chatbot consiga prever e atuar em casos abusivos por parte dos utilizadores.
Em dezembro, em resposta a um tweet de Sam Altman, CEO da OpenAI, Musk escreveu no Twitter que “o perigo de treinar a IA para ser ‘woke’ – por outras palavras, mentir – é fatal”. Mais recentemente, em fevereiro, o patrão da Tesla também reagiu com pontos de exclamação (“!!”) a uma lista gerada pelo ChatGPT e publicada no Twitter — uma que o colocava ao lado de Donald Trump numa coluna de personalidades controversas, mas que excluía Joe Biden ou Jeff Bezos.
A par, Musk também criticou há umas semanas o rumo atual da OpenAI por a startup estar a afastar-se do seu objetivo original: ser uma ferramenta open source e um “contrapeso para a Google sem fins lucrativos”. De acordo com o bilionário, esta tornou-se numa “empresa close source, que procura o maior lucro possível [e que é] controlada pela Microsoft”. Coisa que não a era a intenção de Musk — “de todo”.