E se um sensor ajudar a detetar problemas de saúde? Esta é a tendência tecnológica no Japão
Este ano, a CETAC quase não expõe televisores ou material audiovisual, que há dez anos ocupava todo o espaço. Agora, alguns robots ocupam esse lugar, mas o destaque desta edição está nos sensores — desde sensores que medem o stress e o humor de uma pessoa, aos que podem ajudar a evitar mortes súbitas em banheiras.
A título de exemplo, a Panasonic apresentou um protótipo de cadeira que, segundo um representante da empresa, pode vir a ser, no futuro, usada por um piloto de avião ou por um motorista de pesados.
“[A cadeira] permite medir, dependendo de como a pessoa está sentada, o suor e o odor que saem das suas mãos. A expressão do seu rosto é filmada por uma câmara. Assim percebe-se o estado em que o indivíduo está: tranquilo, chateado, tenso ou relaxado”, explicou o representante à AFP.
Mas podem ser outras as utilizações. ”Poderíamos imaginar usar esta cadeira nos escritórios e interligar os resultados da análise à gestão do ar condicionado ou da luz, para ajustar os parâmetros e permitir que as pessoas se sintam melhor", acrescentou.
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CEATEC JAPAN 2018 2日目です。
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— CEATEC JAPAN 2018|10/16(Tue)-19(Fri) @幕張メッセ (@ceatec) 17 de outubro de 2018
Na mesma linha, a Nedo, uma organização pública para o desenvolvimento de novas energias e tecnologias industriais, criou um sensor que, colocado numa cadeira para crianças ou num berço, permite medir a temperatura corporal e avaliar a posição da criança. Assim, se tiver febre ou ficar de barriga para baixo, um alarme vai tocar.
Além desta utilização, há também a proposta de que este sensor possa ser usado em mesas de espaços de refeição de lares ou hospitais, para que se possa medir remotamente a quantidade de alimentos que um paciente ingere, bem como o ritmo a que o faz.
No que diz também respeito à área da saúde, a empresa Murata Manufacturing criou um sensor que consegue medir o nervosismo de uma pessoa, segurando um pequeno dispositivo, por um minuto, entre o polegar e o indicador de ambas as mãos, de olhos fechados.
"O dispositivo funciona com sensores fotossensíveis que medem o pulso e o equilíbrio nervoso", explicou um técnico da fabricante japonesa de componentes eletrónicos.
"Vamos começar a comercializá-lo muito em breve entre as empresas, para que possam avaliar o grau de stress dos seus funcionários", afirmou Takashi Hayashida, porta-voz da Murata, que indicou também que "empresas de transporte ou táxis estão interessadas” no produto.
Por sua vez, a Lion, especialista japonesa em produtos de higiene, projetou um dispositivo que permite analisar o estado da dentição e da saúde oral por meio de uma fotografia tirada com um telefone e enviada para um servidor.
Já a empresa de banheiros Lixil imaginou um sensor para a banheira que regista os parâmetros do corpo (pulso e temperatura) e os da água, para entender em que circunstâncias as mortes súbitas ocorrem durante o banho, já que este tipo de acidente doméstico é cada vez mais frequente, afetando sobretudo pessoas com mais de 65 anos.
Contudo, nem só para as pessoas são criados sensores. E porque os animais de estimação também contam, a Sharp integrou sensores numa caixa de areia de gato, onde a urina do animal é automaticamente quantificada e analisada e os dados são enviados para o telemóvel do dono, para que possa saber quando trocar a areia e até se está tudo bem com a saúde do animal.