E se o Darth Vader bebesse uma Coca-Cola? É possível, mesmo nos primeiros filmes de “Star Wars”
É preciso muita cafeína para lutar por um dos lados da Força. Na altura em que os filmes de “Star Wars” foram feitos, ninguém pensou nisso. Mas imagine que estas duas indústrias se uniam: testemunharíamos um momento histórico entre duas grandes forças, onde o Darth Vader segurava uma lata de refrigerante, enquanto agia como um dos maiores vilões da cultura pop. É nesse sentido que trabalha a Mirriad, uma empresa de marketing do Reino Unido, que pensou numa forma de fazer a colocação de produto em filmes e séries populares com uma tecnologia genial.
A melhor parte: com o seu software é possível inserir produtos ou logótipos em filmes e séries que já existem sem a necessidade de refilmar cenas. Sem dar um nome em concreto, a BBC avança que esta ferramenta já está a ser utilizada por uma plataforma de streaming chinesa e que a ideia também já está a ser testada na série norte-americana “Uma Família Muito Moderna”.
À BBC, a crítica de cinema Anne Billson aponta os direitos de autor como uma barreira para o uso desta inovação da Mirriad. Contudo, vê nesta tecnologia uma oportunidade para a colocação de produto na indústria musical. Em causa pode estar a tentativa por parte de vários artistas de obter receitas através da sua biblioteca de videoclipes já existentes, onde adicionar novos produtos, rótulos, pósteres ou até mesmo roupa passa a ser uma opção.
O CEO da Mirriad explica que esta “tecnologia pode ‘ler’ uma imagem”, percebendo a sua “profundidade, movimento, tecido, qualquer coisa”. Stephan Beringer acrescenta por isso que assim é possível “introduzir novas imagens que, basicamente, o olho humano não percebe que foram feitas em pós-produção”. É claro que, antes de apresentar esta ideia ao mundo, a Mirriad já tinha feito efeitos especiais para filmes.
No entanto, a empresa não é a única capaz de produzir esta ferramenta, ou pelo menos há quem o consiga fazer de outra forma. A empresa Ryff, da Califórnia, vai mais longe e garante que é capaz de personalizar novos anúncios para o espectador de forma individual, com base no seu histórico da internet. É o que afirma o CEO, Roy Taylor, à BBC. Ou seja: lembra-se daquela camisola à qual deu atenção na internet mas não chegou a comprar? Pode ser que um dia apareça vestida por uma personagem de uma das suas séries favoritas.
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