Do Facebook à Farfetch: quais foram os melhores (e piores) IPO nos últimos 10 anos?
por The Next Big Idea | 27 de Junho, 2022
Lista inclui 143 tecnológicas que foram admitidas à cotação entre 2012 e 2022. Empresas como Shopify, Square e Facebook estão entre os sucessos, enquanto que Coinbase e GoPro estão entre os falhanços
Quais são os maiores IPO (Oferta Pública Inicial) e quem teve mais e menos sucesso? É uma pergunta que a portuguesa Rows em colaboração com a Market Sentiment procurou responder através de uma lista hoje divulgada que analisa os padrões e tendências das IPOs tecnológicas ana última década.
A lista foi organizada por percentagem de crescimento e apresenta as empresas ServiceNow, Shopify, Etsy, Square e Facebook entre os principais sucessos no que diz respeito a este tipo de operação financeira, enquanto que OnDeck, Coinbase, Lyft, GoPro e Robinhood estão listadas entre os falhanços.
A Farfetch é a única empresa portuguesa na lista e com uma evolução negativa. A startup de moda entrou no mercado com uma valorização em IPO de 5,8 mil milhões de dólares e mostra uma percentagem de crescimento (capitalização de mercado vs valorização em IPO) negativa, de -43%.
Há dez anos, a entrada em bolsa do Facebook representou a terceira maior IPO (Oferta Pública Inicial) na história dos EUA – segundo a lista da Statista, a maior de sempre foi a chinesa Alibaba, em setembro de 2014. O Facebook ainda detém hoje uma das maiores valorizações em IPO, com 104 mil milhões de dólares.
A capitalização total de mercado na lista da Rows com a Market Sentiment é de 2,04 triliões de dólares, com um crescimento médio de 227% para IPOs de tecnologia e mostra também que as empresas de software apresentaram o melhor desempenho em termos de retorno e estabilidade tendo, em média, um crescimento de 273% nos últimos dez anos.
Os poucos grandes vencedores fintech, como Square e The Trade Desk, compensaram as perdas fintech, trazendo um retorno médio, até à data, de 42%. Já as IPOs de ecommerce ganharam muita popularidade nos últimos três a quatro anos, mas os dados não são tão positivos, com a maioria (8 em 12) a ter retornos negativos.
A segunda melhor entrada no mercado bolsista na última década é a do Shopify, com um retorno impressionante de 3263%. A Coinbase é a única empresa cripto na lista, tendo tido uma mudança impressionante de cotação de 52,4% num dia, mas acabando por perder o seu valor da abertura para o fecho. Por fim, na última década, surgiram cinco IPOs de mobilidade e de delivery, mas apenas uma, Grubhub, teve retornos positivos.
“Empresas como Robinhood, Lyft e Coinbase, que tiveram um mau desempenho contra todas as expectativas, mostram o quanto é complicado prever como os mercados se irão movimentar. E é por isso que, para os pequenos investidores, é importante manter o controlo dos seus investimentos. Construímos a Rows com a comunidade e a colaboração no seu cerne, e temos visto um número crescente de pequenos investidores a utilizar a plataforma para se manterem atualizados acerca das últimas tendências e perceções financeiras”, realça Humberto Ayres Pereira, CEO e fundador da Rows.
A spreadsheet apresentada pela startup portuguesa foi desenvolvida com base nos dados da bolsa de valores Nasdaq, através da sua integração com a Alpha Vantage, permitindo aos utilizadores obter dados em tempo real sobre ações e moedas. Esta inclui variáveis como avaliação à cotação, preço de IPO, alteração de cotação, preço atual das ações, preço de abertura e fecho do dia, bem como percentagem de crescimento.
A lista completa pode ser consultada no site da Rows e diretamente na spreadsheet da Rows, onde qualquer pessoa a pode duplicar para a sua conta e criar a sua própria versão, de forma gratuita.