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Delta apresenta um novo “café impossível”, agora com origem em São Tomé e Príncipe

por Gabriel Lagoa | 18 de Setembro, 2024

O Café Catoninho, produzido na histórica Roça Monte Café, é a mais recente adição ao projeto Impossible Coffees da marca portuguesa. A iniciativa quer promover a sustentabilidade e apoiar pequenos produtores.

O setor do café é um dos mais fortes em Portugal. Só no ano passado, esta indústria cresceu 8,2% face a 2022, atingindo um valor 660 milhões de euros, de acordo com a Informa D&B. São várias as marcas que ao longo dos anos foram consolidando a sua presença no nosso país e que vemos servidas à mesa de esplanadas e restaurantes. Neste cenário de competitividade num mercado em expansão, é de esperar que as empresas do setor procurem inovar e diferenciar-se, explorando novos nichos, sabores e até geografias.

É neste contexto que a Delta apresentou esta segunda-feira, em Lisboa, uma nova edição limitada do seu projeto de empreendedorismo Impossible Coffees: o Café Catoninho. Produzido em São Tomé e Príncipe, na histórica Roça Monte Café, este café é fruto de uma parceria com o produtor local Amedy Pereira, conhecido como Catoninho.

O lançamento acontece cerca de um ano depois de uma primeira edição que apresentou o primeiro café português produzido nos Açores. A iniciativa Impossible Coffees, da Delta The Coffee House Experience, quer promover novas experiências através de cafés raros, com origem em regiões pouco exploradas e com foco na valorização do esforço de pequenos produtores.

Durante a apresentação deste novo café, Rui Miguel Nabeiro, CEO do Grupo Nabeiro-Delta Cafés, começou por explicar que “começámos nos Açores, dentro de portas, mas quisemos procurar e mostrar ao mundo outros cafés ‘impossíveis’. Através de parcerias estratégicas, elevaremos este projeto a uma ação global de capacitação para pequenos produtores”.

O Café Catoninho está disponível nas lojas físicas Delta The Coffee House Experience e na loja online da marca. É descrito pela marca como tendo um “perfil sensorial único, com notas florais e frutadas de manga e maracujá, uma acidez equilibrada e um final ligeiramente achocolatado”. 

As origens do Café Catoninho

O nome do produto é uma homenagem ao seu produtor, Amedy Pereira, conhecido localmente como Catoninho. A escolha do nome é, para a Delta, o reconhecimento pelo trabalho e dedicação do são-tomense e uma forma de destacar a história pessoal que deu origem a este café. Durante a apresentação, Rui Miguel Nabeiro enfatizou esta ligação e afirmou que “faz para nós todo o sentido que este novo café leve o seu nome, Catoninho, como homenagem ao seu espírito empreendedor e à qualidade do seu trabalho”. 

A Delta destaca que cada novo lançamento tem como objetivo gerar um impacto positivo nas comunidades produtoras, ajudando-as a crescer economicamente e a crescer de forma sustentável. Nos últimos 10 anos, o projeto em São Tomé e Princípe é um exemplo desse compromisso. “Durante este período, Amedy Pereira teve a oportunidade de participar em várias formações promovidas pela Delta Cafés, em Campo Maior, o que lhe permitiu aprofundar os seus conhecimentos sobre a produção de café. Esta experiência foi fundamental para o desenvolvimento do seu negócio, elevando a quantidade e a qualidade da produção do café verde”. 

Apoio aos produtores de café

Além do apoio a Catoninho, a Delta Cafés estabeleceu uma parceria com a MOVE ONG, uma organização que ajuda empreendedores de países em desenvolvimento, para apoiar outros produtores são-tomenses. Através desta colaboração, a empresa oferece formação e apoio técnico para otimizar a produtividade e a qualidade da cafeicultura em São Tomé e Príncipe.

“Na Delta Cafés acreditamos que um café excecional é mais do que um produto de qualidade; é uma história de transformação. Com o lançamento dos Impossible Coffees reafirmamos o nosso compromisso em apoiar as comunidades produtoras de café e promover práticas sustentáveis, criando um impacto positivo”, sublinha Rui Miguel Nabeiro. 

Atualmente, Catoninho trabalha com mais de 300 produtores locais e juntos produzem mais de 2 mil toneladas de café por ano. “O perfil do nosso país não permite uma produção de grande escala, mas conseguimos uma produção de pequena escala e com extrema qualidade, um café 100% biológico e de alta excelência”, afirmou o produtor durante a apresentação desta segunda-feira. Para o são-tomense, este projeto representa mais do que uma oportunidade de negócio. É uma chance de promover o seu país e a sua comunidade. 

O lançamento do Café Catoninho é mais um passo na estratégia da Delta Cafés de apoiar comunidades produtoras e explorar novos territórios no mundo de uma das bebidas mais populares do mundo. Com mais de 60 anos de história, a empresa, com sede em Campo Maior, está presente em 40 países espalhados por cinco continentes e conta com cerca de 3.800 colaboradores.

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