Daniel Pires e Bruno Carrilho: A cerveja é democrática e a cultura também

“Prazer em conhecer-te”. Começou assim a conversa que juntou duas pessoas com mais em comum do que poderiam pensar, separadas por 300 quilómetros nas unidas pela convicção a cultura é algo que se cultiva e se faz florescer com aposta em espaços onde pessoas diferentes se juntam. É essa a história de quase 20 ano da Maus Hábitos no Porto, um projeto liderado por Daniel Pires, e é essa a visão do espaço da cerveja artesanal Musa, em Lisboa, de que Bruno Carrilho é um dos sócios.

“Como é que lembraste de assentar toda a campanha de marketing da Musa à volta da música?”, pergunta Daniel Pires, o homem que tem no curriculum mais de de 6000 concertos na Maus Hábitos. E bruno lá conta que ele e o sócio, que não eram cervejeiros mas consultores, tinham em comum querer “fazer alguma coisa” e gostar de música. E aí veio o rock, uma música democrática, porque não queriam perder a democraticidade da cerveja.

E Daniel conta como é que um fotógrafo de moda que precisava de um espaço para criar imagem, nomeadamente para marcas de têxtil – o que fez durante os primeiros anos da Maus Hábitos, acabou por criar um dos espaço mais emblemáticos do Porto que não é só música mas uma espécie de ponto centrífugo criativo de várias artes e olhares. E como continua a tirar a sua fotografia ~ com ou sem máquina fotográfica.

O que queremos é que quem vem ter connosco sinta que viu qualquer coisa de novo, diz Daniel. Que criem memórias, responde Bruno. Uma linguagem comum, portanto.