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Critical Software integra missão da Agência Espacial britânica para limpar a órbita da Terra

por Gabriel Lagoa | 12 de Setembro, 2024

A missão tem como objetivo remover dois satélites inativos da órbita terrestre, que se encontram fora de serviço há mais de 10 anos.

O consórcio ClearSpace, que inclui a empresa tecnológica portuguesa Critical Software, foi escolhido pela Agência Espacial do Reino Unido (UK Space Agency) para receber um financiamento de 2,8 milhões de euros e apoio técnico na missão “CLEAR”. A ideia é reduzir o risco de colisão entre detritos espaciais e equipamentos ativos, dos quais dependem sistemas críticos como transportes, serviços de internet, monitorização das alterações climáticas e previsões meteorológicas.

Em comunicado, a Critical Software indica que o apoio da UK Space Agency será  importante para aprimorar os projetos preliminares e aumentar os níveis de prontidão tecnológica. 

Diogo Amorim, Development Manager na Critical Software, destaca que “é fantástico ver a missão CLEAR dar um grande passo em frente, desta vez com o apoio da Agência Espacial do Reino Unido. O financiamento da UK Space Agency vai permitir-nos aprimorar a tecnologia para que seja possível remover de forma segura os detritos que atualmente representam um risco para outro tráfego espacial”.

Quanto a Rory Holmes, Diretor-Geral da ClearSpace UK, afirma que “estamos muito orgulhosos com esta nova fase, que demonstra a nossa excelência técnica e o nosso compromisso em tornar o espaço mais seguro e sustentável”.

A missão “CLEAR” não só servirá para demonstrar a viabilidade da remoção ativa de detritos, como também contribuirá para o desenvolvimento de normas e regulamentos para serviços em órbita. Além disso, a missão também quer estabelecer-se como uma base para a criação de um novo mercado de serviços de remoção assistida.

Fundada em 1998, a portuguesa Critical Software tem no seu portfólio projetos que abrangem desde o desenvolvimento de sistemas de navegação para aviões até sistemas de otimização de transações bancárias, passando por sistemas de segurança para comboios e aparelhos médicos. A empresa tira partido dos mais recentes avanços em Inteligência Artificial, machine learning e cibersegurança.

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