Criar humanos digitais em menos de 90 segundos
por The Next Big Idea | 20 de Junho, 2022
No episódio mais recente do The Next Big Idea olhámos para a história da Didimo, a startup criada por Verónica Orvalho, que contém uma solução que pode representar um futuro no metaverso para milhares de empresas.
O termo “avatar” tem entrado cada vez mais no léxico do mundo dos negócios. Numa altura em que uma série de empresas está a testar soluções para o metaverso ou para os seus próprios mundos digitais, há uma série de áreas desde o ecommerce aos videojogos que vão ser e já estão a ser impactados por estas iniciativas.
Verónica Orvalho sempre teve um interesse no mundo dos videojogos e foi neles em que se decidiu focar no seu doutoramento, procurando uma maneira mais fácil de criar figuras digitais em 3D. Um projeto, que iniciou em 2005 na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, viria anos mais tarde a dar origem à Didimo, a startup que quer dominar a indústria de avatares digitais avaliada em 9,6 mil milhões de euros em 2020.
Resumidamente, a startup sediada no Porto desenvolveu uma plataforma que desenvolve avatares através de uma única fotografia ou conjunto de documentos em menos de 90 segundos, sem ser necessária toda uma equipa de engenheiros, editores e designers.
Desde 2016, a Didimo já levantou 8,4 milhões de euros em investimento e a sua fundadora tornou-se numa das figuras mais carismáticas do ecossistema empreendedor português. Didimo é um termo de origem grega que significa gémeo e é certamente o nome indicado para uma startup a trabalhar no desenvolvimento de uma versão nossa num mundo digital.
É um mercado competitivo onde já estão nomes como a Meta, a Amazon ou a Epic Games, mas Verónica Orvalho acredita que há espaço para a sua empresa inovar e diferenciar-se. A fundadora, de origem argentina, definea a Didimo como uma B2B e já tem clientes de relevo na área do gaming e do ecommerce como a Sony, a Universal, Microsoft, Amazon e a Farfetch.