Carlos Martins | JáChegou: “Passo todo o tempo livre a aprender mais sobre o negócio, o que o envolve e onde posso evoluir”
por The Next Big Idea | 17 de Março, 2022
Vive para o trabalho e para a família, pelo que largar o emprego de moldador numa fundição do setor automóvel para fundar a sua própria empresa obrigou a ajustes. Carlos Martins criou a “JáChegou” no início da pandemia e um ano e meio depois estão a atingir o breakeven. Com a equipa, a motivação e o ritmo certo, diz, não há limites para o que podem vir a fazer.
Como te chamas?
Carlos Martins.
O que faz a tua startup?
A JáChegou apresenta-se como o maior centro comercial online com entrega imediata. Desenvolvemos e apresentamos ao mercado uma solução completa onde o utilizador pode comprar em restaurantes, supermercados e lojas. Além disso, temos um novo conceito de shopping virtual que permite a compra de cinco lojas diferentes em uma única entrega.
Em modo resumo: quando, como e porque é que nasceu a tua empresa?
Tudo começou no início da pandemia, de um quarto passámos para uma garagem, rumo ao nosso primeiro escritório. A solução Jáchegou aparece devido às várias falhas detetadas [neste tipo de serviços] e a uma necessidade identificada no mercado.
O que fazias antes de seres empreendedor?
Antes de aprender com o nosso CEO, o Pedro Carneiro, a ser um empreendedor, era moldador líder de produção numa fundição no setor automóvel.
Já pagas o teu salário?
Atualmente estamos a atingir o breakeven, após um ano e meio da abertura. De momento, a prioridade é pagar toda a estrutura e assegurar o seu perfeito funcionamento.
O que dirias ao CEO da concorrência se te cruzasses com ele no corredor?
Faríamos um match dos maiores problemas ultrapassados e procurava criar sinergias, de modo a tornar mais atrativo este negócio para o consumidor final.
Quantas horas trabalhas por dia?
Trabalhamos 365 dias, entre 12 a 17 horas diárias.
O que deixaste de fazer para seres um empreendedor com sucesso?
Sinceramente, não deixei de fazer nada, pois sempre vivi para a família e para o trabalho, mas tive de fazer ajustes em horários, de forma a não falhar em nenhum dos dois aspetos.
O que passaste a fazer para seres um empreendedor de sucesso?
Além da persistência, ambição e da resistência, a maior lição que aprendi nesta nova jornada foi a de que nada sei e que tudo é aprendizagem a médio/longo prazo. De tal forma que passo todo o tempo livre a aprender mais sobre o negócio, o que o envolve e onde posso evoluir. E sei que não vou parar de procurar até encontrar.
Qual o empreendedor ou empresa que mais te inspirou em Portugal e lá fora?
Temos duas que foram a nosso espelho inicial e atual: o inicial foi a Glovo e a atual é a Rappi, estando só na América Latina.
Se fosses patrão de uma grande empresa, o que dirias a ti próprio para te convenceres a trabalhar nessa empresa em vez de uma startup?
Essa é fácil teríamos de ter o ritmo de uma startup. Uma empresa ter de estar sempre em brasa, eu sou movido pelas emoções, inovação e criação, logo não iria demorar muito tempo até que a empresa adotasse o estilo de trabalho de uma startup.
Numa só frase, o que dirias – mesmo – num elevador para convencer alguém a investir na tua empresa?
Sem dúvida que a nossa motivação, inovação, visão e criação são os alicerces para o sucesso em qualquer empreitada. Com estes alicerces, o resto desenvolve-se em equipa e para melhorar a fórmula.
Que balanço fazes até agora do teu percurso neste negócio?
Tive a oportunidade de todos os dias aprender algo novo e pude observar que realmente não existe limites, mas sim soluções para tudo. Desde que tenhamos as pessoas e a equipa certa ao nosso lado.
Onde é que te imaginas daqui a 10 anos?
Com a saúde em dia, sem dúvida que não vejo limites. A aprendizagem é algo que me fascina e a partir daí tudo é possível.
Diz-me uma coisa indispensável para ti.
A minha família é o meu bem mais precioso, sem dúvida!
E uma coisa que não toleras?
Não tolero e nem suporto a falta de respeito, consideração e humildade por parte das pessoas a quem damos a mão.
A JáChegou marca presença no evento What’s Next – Innovating Tourism, promovido pelo NEST – Centro de Inovação do Turismo, que terá lugar de 16 a 20 de março na 33ª edição da Bolsa de Turismo de Lisboa.