“As pessoas devem estar onde se sentem realizadas e felizes”
Kristine garante que o segredo para lançar qualquer negócio é a paixão.
Como te chamas e o que fazias antes de seres empreendedora?
O meu nome é Kristine Vuhta e desde os 25 anos que crio projetos próprios, na sua maioria relacionados com o marketing e dirigidos a diversos setores como o imobiliário, casas modulares ou publicações no segmento de lifestyle. Atualmente sou proprietária de uma agência de marketing.
Como é que a tua startup vai mudar o mundo?
É importante mudar o mindset das pessoas. Sou natural de um país do norte da Europa (Letónia), onde o conceito de dar a alguém o que já não utilizas é prática vulgar e isso explica-se por várias razões. Primeiro pela necessidade de limpar o teu próprio ambiente, não guardando durante anos o que manifestamente não precisas. Depois, pensar no ambiente em geral, na pegada ecológica que cada um de nós deixa e na responsabilidade social que temos em salvar o planeta para as futuras gerações. Não podemos pensar que sozinhos não conseguimos nada e, pelo contrário, pensar que cada um tem de fazer a sua parte. Se cada um fizer a sua parte, ou se pelo menos muitos fizerem a sua parte, estaremos a criar uma comunidade muito forte e saudável. Por fim, e fundamental, toda a carga solidária e humanista. Se tu não precisas, alguém pode precisar e muito!
Já pagas o teu salário?
Deste projeto ainda não. Este é um projeto que está agora a dar os primeiros passos. Tem ainda muito caminho para fazer, para crescer.
Quantas horas trabalhas por dia?
Não tenho um horário fixo, até pela especificidade das áreas em que trabalho. Tanto posso dedicar 8 horas ao trabalho, como 12 ou até mais. Acontece-me frequentemente ser “assaltada” por uma ideia que eu acho que pode ser desenvolvida e logo naquele momento vou trabalhar, fazer esboços, pesquisas, etc… Não existe um horário pré-estabelecido.
O que deixaste de fazer para ser uma empreendedora de sucesso?
Nada. Porque faço o que gosto com paixão. Sou uma entusiasta por natureza. Nunca deixei de fazer as coisas que considero realmente importantes na vida por causa do trabalho.
O que passaste a fazer para ser uma empreendedora de sucesso?
Aquilo que entendo ser essencial é a organização. Estabelecer planos e ter método. Planear bem o tempo que tenho disponível é também muito importante para não dispersar.
Ter uma startup está na moda ou o mundo está mesmo a mudar?
Eu acho que as pessoas estão a ganhar confiança nelas próprias. Existe uma conjuntura que é favorável ao nascimento de novos projetos, com muita formação na área do empreendedorismo. A informação disponível é cada vez maior, no online então isso é ainda mais visível. Os meios digitais permitem que hoje tudo esteja perto de tudo, facilitando a comunicação, o intercâmbio e fazer chegar o teu produto a qualquer lado. Todavia sem resiliência, criatividade para fazer diferente e muito empenho tudo se torna mais difícil. Há, ainda, aquilo sem o qual não consegues lançar um projeto empresarial nem fazer nada na vida: paixão.
Se fosses patrão de uma grande empresa, o que dizias a ti próprio para te convencer a trabalhar nessa empresa em vez de ir para uma startup?
Somos 7,7 biliões de pessoas e cada um de nós nasce com um dom, uma missão neste mundo. E é na descoberta deste “desígnio” que se encontra o caminho da realização. As pessoas devem estar onde se sentem realizadas e felizes.
Qual é o teu ídolo dos negócios ou da tecnologia?
Henry Ford, Oprah Winfrey, J.K.Rowling, entre outros. Cada um deles tem a sua história e conquistas que me inspira. Merecem admiração pelo caminho que fizeram até chegar onde chegaram. Tenho, também, alguns amigos empresários que me inspiram pela sua filosofia de vida e por aquilo que conseguiram alcançar.
És vegan, fazes meditação ou apenas vês televisão e passeias o cão ao fim do dia?
Faço meditação todos dias, faço ioga e exercícios físicos, porque equilíbrio físico-mental é muito importante. Passo bem sem a televisão, mas não consigo viver sem livros nem sem contactar com a natureza.
Numa só frase, o que dirias – mesmo – num elevador para convencer alguém a investir na tua empresa?
“Procuro pessoas que tenham o mesmo conceito de vida que eu tenho”. Depois é mostrar as mais valias do meu projeto, da minha empresa. A convicção vai acontecer!