Andreessen Horowitz atravessa o oceano e abre o seu primeiro escritório na Europa
por The Next Big Idea | 23 de Junho, 2023
Fundada em 2009 por Marc Andreessen e Ben Horowitz, a Andreessen Horowitz, mais conhecida como a16z, é uma empresa de capital de risco que apoia empreendedores que estão à procura de financiamento no mundo da tecnologia.
A Andreessen Horowitz, fundo de Silicon Valley que investiu em empresas como a Airbnb ou Coinbase, anunciou na semana passada que vai abrir um escritório em Londres, naquele que será o seu primeiro espaço internacional.
A aposta no Reino Unido tem uma razão de ser: a empresa quer tirar proveito de um ambiente que considera ser mais “acolhedor” para os empreendedores de crypto e acredita que a capital inglesa vai ser o hub mundial no que toca à tecnologia blockchain e moedas digitais (e o governo inglês, diga-se, está a trabalhar para isso).
Nos EUA, recorde-se, os processos recentes da SEC contra a Binance e Coinbase levou à queda do mercado dos criptomoedas. Na base das acusações do regulador, está a crença da CMVM americana que estas empresas assumiam várias funções – Exchange (câmbio), broker-dealer (corretoras) e clearinghouse (câmara de compensação) – de forma ilegal.
No entanto, os intentos da empresa não se ficam pela abertura de um só escritório e já existem planos para lançar a primeira escola de iniciação crypto da Andreessen Horowitz, que, esperam, vai identificar novos talentos no mundo crypto e da Web3. A empresa já tinha lançado uma destas escolas, em 2019, para treinar empreendedores na criação empresas de blockchain e criptomoedas, mas esta será a primeira no Reino Unido. O plano é abrir oficialmente a Crypto Startup School na primavera de 2024.
Todavia, e pense embora a Andreessen Horowitz ter sido uma das VC mais ativas na aposta em empresas ligadas à Web3, nos últimos 18 meses, também tem sentido os inevitáveis efeitos negativos da recessão destes ativos digitais, vulgo “Inverno das Criptomoedas”.
No entanto, a verdade é que a investidora está atrasada em relação ao mundo europeu, tendo em conta que vai chegar mais de um ano depois da rival Sequoia e outras empresas americanas terem aberto escritórios na Europa.