À procura do próximo “Squid Game”, Netflix duplica investimento na Coreia do Sul

O anúncio surge via comunicado escrito pelo co-CEO Ted Sarandos, que depois de se encontrar com o presidente Yoon Suk-yeol, enfatiza a confiança da Netflix nas histórias coreanas e do seu impacto no interesse mundial pelo país.

Da música ao cinema, da tecnologia à comida, o mundo apaixonou-se pelo que é feito em território sul-coreano, sendo que a “hallyu” (a chamada “onda coreana“) é um fenómeno em crescendo. Impulsionada pelas bandas K-pop, pela premiação de “Parasitas” nos Óscares ou pelo sucesso à escala global de “Squid Game” da Netflix, a Coreia do Sul registou em 2021 um recorde de 12,4 mil milhões de dólares em exportações de conteúdos.

No caso da Netflix, a notícia desta aposta parece mesmo óbvia. Segundo a Hustle, mais de 60% dos seus mais de 230 milhões de assinantes assistiram a conteúdo coreano em 2022. Mais, na região da Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC) o crescimento tem sido consistente. 

• O crescimento em números: dos novos 1,75 milhões de novos subscritores da Netflix, ganhos no primeiro trimestre deste ano, cerca de 1,46 milhões são da APEC.
  

No entanto, apesar do sucesso de “Squid Game” a nível mundial (ou não fosse a série não-inglesa mais assistida da história da Netflix), não é caso único. Há mais sucessos coreanos na plataforma. O drama de vingança “Em Busca da Glória”, o drama jurídico “Woo, Uma Advogada Extraordinária” e o reality show “Physical: 100” são outras séries que agarraram e prenderam os subscritores durante largas horas à frente dos seus ecrãs.

Tendo tudo isto em conta, não admira que a Netflix continue a apostar na “hallyu”. No sentido prático, a aposta vai traduzir-se, ao longo de 2023, em 34 produções, entre novos títulos originais e de regressos.