Portuguesa Musiversal capta 6 milhões de dólares para expandir nos EUA
por Gabriel Lagoa | 11 de Setembro, 2025
A startup de gravação musical planeia duplicar músicos, membros e sessões até ao próximo ano com o financiamento liderado pela Iberis Capital.
A Musiversal fechou uma ronda série A de 6 milhões de dólares para acelerar a expansão no mercado americano, adianta a Axios. A plataforma com ADN português disponibiliza músicos e produtores de estúdio para sessões de gravação de música, através de uma subscrição.
O investimento foi liderado pela Iberis Capital, com participação da Lince Capital. A startup, que já captou um total de 10 milhões de dólares, conta com investidores anteriores como Shilling Capital, Intersection Ventures, SBS Braga e LC Ventures.
André Miranda fundou a empresa em Lisboa em 2018, depois juntou-se Xavier Jameson em 2020. Conta a publicação norte-americana que o que era para ser uma reunião de uma hora transformou-se numa discussão de três horas que resultou numa parceria, com André Miranda como CEO e Jameson como COO.
“Não somos contra a IA, mas propomos um caminho diferente para artistas e músicos. Não vamos substituir músicos por IA. Vamos tornar os músicos mais relevantes na era da IA”, explica André Miranda à Axios.
Uma startup com a missão de democratizar a música
A plataforma funciona como um estúdio de gravação profissional virtual. Os membros podem transmitir sessões em direto, descarregar gravações e manter os direitos das suas músicas. A ideia é democratizar o acesso a serviços musicais colaborativos, anteriormente restritos a produções com grandes orçamentos. A empresa tem mais de 100 músicos, mais de mil membros e realiza 100 mil sessões por ano.
O objetivo passa por duplicar todas estas métricas até ao final de 2026. A startup planeia adicionar serviços de escrita colaborativa, produção e marketing à plataforma.
Numa publicação no LinkedIn, André Miranda contextualiza a posição da Musiversal na atual transformação da indústria da música. “A indústria musical está normalmente na vanguarda da tecnologia. Foi a primeira a sentir o impacto da internet, do streaming e agora da IA”, explica o CEO.
A empresa planeia usar ferramentas de inteligência artificial para ajudar criadores a colaborar com músicos, mas sempre mantendo o elemento humano no centro da experiência. “No final, o criador musical é o principal interessado da indústria musical. O valor de ser um criador de música está 100% na colaboração humana”, sublinha o executivo.
“A Musiversal está numa missão para redefinir a produção musical – tornar a gravação profissional ao vivo de classe mundial acessível a todos os criadores de música, em qualquer lugar, com uma única subscrição. Pessoas reais. Em tempo real. Música real”, afirma Xavier Jameson na mesma rede social.
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