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Governo financia 313 centros de investigação com 635 milhões de euros. Esta é a lista de quem vai receber financiamento

por The Next Big Idea | 16 de Abril, 2025

Com destaque para instituições da área da saúde, o financiamento será distribuído entre 203 centros universitários, 33 politécnicos e 77 de outras instituições, após avaliação de 336 candidaturas.

O Governo vai financiar 313 centros de investigação e desenvolvimento (I&D) com um total de 635 milhões de euros para o período entre 2025 e 2029, representando um reforço de 22% no financiamento. “Este reforço resulta da reprogramação proposta pelo Governo para o PRR, na qual foram alocados 110 milhões de euros para o reequipamento das unidades de I&D”, explica o Ministério da Educação, Ciência e Inovação.

Entre as unidades que viram o financiamento aprovado, 203 estão associadas a universidades, 33 estão associadas a institutos politécnicos e 77 são geridas por instituições de outra natureza. No total, foram apresentadas 336 candidaturas, sendo que uma desistiu e 22 não obtiveram financiamento aprovado.

As três instituições que receberam mais financiamento estão todas relacionadas à área da saúde. A Fundação GIMM – Gulbenkian Institute for Molecular Medicine, situada na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, foi a que mais recebeu financiamento, com aproximadamente 14 milhões e 700 mil euros.

Em segundo lugar está o Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (I3S), da Universidade do Porto, com cerca de 14 milhões e 300 mil euros. O terceiro lugar pertence ao RISE-Health, a maior unidade de investigação em Portugal, situada na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, que vai receber cerca de 12 milhões e 370 mil euros.

Entre os politécnicos, oito acolhem os 16 centros avaliados com Muito Bom ou Excelente, um dos critérios que lhes permite atribuir o grau de doutor.

“Participaram nesta avaliação mais de 315 avaliadores internacionais, distribuídos por 29 painéis de avaliação disciplinares, selecionados entre peritos de elevada competência e experiência científica de mais de 35 países”, refere o Governo em comunicado, sublinhando que os resultados “revelam maturidade e qualidade do sistema científico e tecnológico”.

Estes são os melhores centros de investigação do país

Em paralelo, a Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) divulgou os resultados provisórios da avaliação das unidades de investigação e desenvolvimento. A esmagadora maioria dos centros foi avaliada com “excelente” (40%) ou “muito bom” (35%).

Segundo a FCT, as unidades de I&D são avaliadas periodicamente, sendo atribuída uma classificação que determina o financiamento para o período plurianual seguinte. 

Entre os 135 centros avaliados com a pontuação máxima de “excelente”, estão nomes como o Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC) da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, o Compreensive Health Research Center (CHRC) da Nova Medical School e o Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (Cesam) da Universidade de Aveiro.

No processo de avaliação, 79 centros subiram de classificação, 46 desceram, 167 mantiveram a classificação e 43 são novos. A FCT garante que foi um processo “complexo e com uma logística exigente”, envolvendo mais de 1300 entrevistas remotas e 29 semanas de visitas presenciais a todas as unidades em avaliação.

A avaliação teve em conta as atividades científicas e tecnológicas desenvolvidas pelos centros de investigação entre janeiro de 2018 e dezembro de 2023, bem como os objetivos, a estratégia, o plano de atividades e a organização para o período entre 2025 e 2029.

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