Estas startups querem dar um BOOST ao turismo do futuro
por The Next Big Idea | 13 de Janeiro, 2023
Em Matosinhos, durante o BOOST – Building Better Tourism, discutiu-se o futuro do turismo. E de aplicações para ligar viajantes a profissionais de saúde, de software para ajudar os negócios da hotelaria e restauração a rentabilizar e maximizar custos, estas startups mostraram o caminho para o fazer e do que aí vem.
Se é verdade que a pandemia colocou o setor mais tradicional do turismo em “pausa”, obrigando até mesmo as grandes empresas de viagens a reduzir ou a parar totalmente as suas operações, também é facto que, ao mesmo tempo, começaram a surgir empresas que aproveitaram este hiato de atividade para transformar e repensar a indústria.
Tanto assim foi que, segundo um relatório do Laboratório de Inovação da Lufthansa, as viagens e a mobilidade tecnológica continuaram a florescer nos últimos 24 meses — o que levou governos e organizações internacionais um pouco por todo o mundo a lançar iniciativas de apoio a startups ligadas ao turismo, uma vez que promovem a recuperação e regeneração do setor.
É neste âmbito que se insere o BOOST – Building Better Tourism, um evento organizado pelo NEST – Centro de Inovação do Turismo, em colaboração com a Câmara Municipal de Matosinhos, que decorre nos dias 12 e 13 de janeiro, no Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões. Durante estes dias discutem-se opções e caminhos de crescimento para aplicar no tecido empresarial português e são apresentados vários programas nacionais de inovação, como o FIT – Fostering Innovation in Tourism, o Digital Innovation Hubs ou Future Labs.
Com uma programação alargada e interativa, este evento internacional, além das dezenas de oradores e painéis de discussão onde se trocam imensas ideias, conta precisamente com 15 startups (oriundas de vários países, nomeadamente de Portugal, França, Espanha e Israel) que querem agitar os ecossistemas do turismo e inovação. É que o viajante de hoje difere do de 2019, pois a covid-19 mudou não só a forma de pensar destes turistas, como alterou as suas expectativas e prioridades.
Tendo isto em conta, conheça as empresas que estão por Matosinhos e que podem vir a ser o futuro do turismo:
Bakup (FRA) – É uma aplicação que permite aos viajantes entrar em contacto com profissionais de saúde. Por exemplo, mostra se há um médico que fala a nossa língua por perto, as suas qualificações, quanto custa uma consulta, a que horas abre a clínica.
Bridgify (ISR) – Pretende facilitar a vida ao ecossistema de reservas de excursões e atividades do mercado turístico B2B2C. No fundo, um sistema de e-commerce que permite às empresas desbloquear receitas enquanto otimiza o compromisso, satisfação e lealdade do cliente.
Corsight AI (ISR) – Atua na área do reconhecimento facial. Segundo a empresa, a sua tecnologia consegue fazer uma identificação forense em tempo real nas condições mais difíceis (i.e, em grandes multidões, ambientes com pouca luz e situações em que os rostos estão parcialmente cobertos).
LUGGit (POR) – A empresa portuguesa quer ser a solução para que, no futuro, todas as pessoas possam viajar sem carregar as suas bagagens, através de uma interação simples e segura.
Merytu (POR) – Aplicação que quer revolucionar o mercado do trabalho ao dar aos seus utilizadores uma ferramenta para que estes decidam “quando”, “onde” e “com quem” querem trabalhar — enquanto avaliam as empresas com as quais lidam em tempo real.
Pleez (POR) – Atua na área da restauração e hotelaria ao disponibilizar um software que permite aos clientes explorar o menu, fazer pedidos e pagar a partir do seu próprio telemóvel no restaurante.
RadGreen (IRS) – Uma solução cloud-based que faz a monitorização da qualidade do ar em espaços fechados. Os seus clientes têm acesso em tempo real aos dados e podem aceder às recomendações para melhorar a saúde e segurança dos que frequentam as suas instalações.
SCIVEN (POR) – É uma empresa que ajuda os seus clientes a baixar os custos energéticos, ao mesmo tempo que maximiza a sua sustentabilidade operacional, e sem comprometer a qualidade do serviço.
Skaping (FRA) – Ajuda a promover e valorizar destinos turísticos online com webcams ligadas à Internet. A sua plataforma permite ainda partilhar e difundir paisagens numa espécie de Selfie XXL.
Spotyride (FRA) – É uma aplicação que ajuda a organizar em poucos minutos uma viagem com atividades ao ar livre em todo o mundo, numa espécie de Airbnb para aventureiros com predisposição para desportos náuticos como o Kitesurf, Wakeboard, etc.
Visitas Virtuales (ESP) – Empresa que se dedica à digitalização de atrações turísticas, recriando o mundo real no virtual. Para isso, utiliza tecnologias como a fotografia e o vídeo 360º por terra, mar e ar, assim como recriações 3D, Realidade Virtual e Realidade Aumentada.
WYTLAND (FRA) – Quer adaptar o turismo para a Web3 e tem ambições de se tornar o ecossistema de viagens descentralizado número um — e levar as empresas do setor para o Metaverso.
XLR8 RMS (POR) – Sistema baseado em Inteligência Artificial desenvolvido desde a sua origem para se tornar num assistente estratégico hoteleiro. A plataforma consegue, por exemplo, fazer uma previsão de ocupação diária, uma gestão do trabalho de equipa, análise de preços da concorrência, entre outras funcionalidades.
YooniK (POR) – Esta empresa portuguesa quer revolucionar a autenticação e pretende que qualquer pessoa consiga aceder a qualquer dispositivo / conta com um simples olhar. Sem cartões, sem palavras-passe e em total privacidade.
Azafata Margot (ESP) – Este projeto chega de Málaga e quer fazer videojogos que favoreçam uma transformação social e que permitam criar uma relação emocional com manifestações artísticas ou culturais.